terça-feira, junho 06, 2006

LANÇAMENTOS:

Nesta altura tão propícia a lançamentos e eventos literários destacamos dois que envolvem autores que já passaram nas nossas sessões:

No dia 8 de Junho é apresentado o livro "1755 - O GRANDE TERRAMOTO", de Filomena Oliveira e Miguel Real. A apresentação será feita pelo Dr. António Braz Teixeira, inicia-se às 18h30m e decorre no salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II.

No dia 10 de Junho pelas 17h decorrerá a sessão de lançamento do livro "Actualidade d’ Os Lusíadas" de Helena Langrouva, a obra será apresentada pelo historiador José Eduardo Franco. O local do lançamento é o foyer da Feira do Livro de Lisboa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi uma gratificante jornada a da apresentação/representação de Manuel da Silva Ramos,autor de "Ambulância" , na tertúlia dos Meninos da Avó,numa noite plena de passados presentes e memórias da rive gauche que moldou aquela geração de famintos dum Maio razoável á procura de impossíveis.
Se a tendência moderna é para os arquétipos e o arquivismo de personalidades no seu "pathos" mais visível,diria que Silva Ramos me surgiu como um Baudelaire escondendo um Aquilino,figura mutante do português em busca de novos horizontes,que nos idos de Setenta buscavam na Cidade-Luz as luzes e as vivências que a mãe pátria agonizante entre pinheiros,rojões e abades bafientos negava.
Regressado ao rincão entretanto "europeu",standardizado e telemovilizado,descobriu nos novos quotidianos desse Portugal de máscaras modificadas novos temas para retratar uma interioridade plena de senso e de olhar crítico e mordaz,mas divertido e acutilante ao mesmo tempo.
Ficou no ar a vontade de descobrir este escritor que por uma noite trouxe a esta Sintra wagneriana de gárgulas sentinelas,as histórias simples mas densas da vivência dum vagabundo da palavra que ousou soltar um canário amarelo rumo a uma liberdade que foi á sua maneira a sua.
Os Meninos da Avó,irresistíveis resistentes,continuam pois a propiciar-nos,promovendo o diálogo dos escritores com os seus leitores,noites de redenção,onde cada vez aqueles que vivendo Existem,e são testemunhas abonatórias asseverantes que a tertúlia afinal ainda não acabou,levada no furacão do hedonismo pindérico,da globalização da tristeza ou do "fatum" do défice,da seleção e da moranguite endémica