Realizou-se no dia 16 a 21ª sessão dos Meninos d´Avó.
No nosso habitual ambiente de tertúlia poética foi inaugurado um novo espaço, um cantinho dedicado ao tricot! A união entre poesia e tricot passará a ser feita nas nossas sessões contando com o dinamismo e saber da Sandra Pereira, a ela e a quem se juntou/juntará no futuro o nosso agradecimento e desejos de boa costura.
Numa sessão de tema livre vários foram os poetas evocados: homenageou-se Teixeira de Pascoaes com a leitura de textos e poemas, relembram-se poetas que já presentes e homenageados em sessões anteriores (Fernando Grade, Paulo Brito e Abreu e Fernando Dias Antunes) e tivemos ainda o privilégio de ouvir poemas inéditos!
Ficam alguns dos poemas lidos na sessão:
Solidão agridoce
Há uma ilha ancorada no oceano da ausência
Uma criança perdida na praia à procura da mãe
Uma viúva virgem no leito da morte
à espera da extrema unção
Há um homem nu correndo de chama na mão
anunciando o fim da guerra
Por entre ossos e destroços de padrões
De um império desfeito
Um rei imberbe e deserto numa tenda berbere
fumando haxixe por um cachimbo de
[água
Uma guitarra velha chorando as notas de um fado triste
Há um poeta sentado na falésia bebendo inspiração
onde o ar e o mar se beijam no azul distante do tempo
Fernando Dias Antunes, in “Estilhaços do Espelho de Alice”.
NÓS OS VENCIDOS DO CATOLICISMO
Nós os vencidos do catolicismo
que não sabemos já donde a luz mana
haurimos o perdido misticismo
nos acordes dos carmina burana
Nós é que perdemos na luta da fé
não é que no mais fundo não creiamos
mas não lutamos já firmes e a pé
nem nada impomos do que duvidamos
Já nenhum garizim nos chega agora
depois de ouvir como a samaritana
que em espírito e verdade é que se adora
Deixem-me ouvir os carmina burana
Nesta vida é que nós acreditamos
e no homem que dizem que criaste
se temos o que temos o jogamos
«Meu deus meu deus porque me abandonaste?»
Ruy Belo
Argonauta 1 – O Azul Marinho
Na espuma de A-Mar
Há locais onde te afogas
No enrolar de ti próprio…
Em silêncio
A tua divisão dá-se
E és areia…
És a-mar…
Alexandra P. 1996
No nosso habitual ambiente de tertúlia poética foi inaugurado um novo espaço, um cantinho dedicado ao tricot! A união entre poesia e tricot passará a ser feita nas nossas sessões contando com o dinamismo e saber da Sandra Pereira, a ela e a quem se juntou/juntará no futuro o nosso agradecimento e desejos de boa costura.
Numa sessão de tema livre vários foram os poetas evocados: homenageou-se Teixeira de Pascoaes com a leitura de textos e poemas, relembram-se poetas que já presentes e homenageados em sessões anteriores (Fernando Grade, Paulo Brito e Abreu e Fernando Dias Antunes) e tivemos ainda o privilégio de ouvir poemas inéditos!
Ficam alguns dos poemas lidos na sessão:
Solidão agridoce
Há uma ilha ancorada no oceano da ausência
Uma criança perdida na praia à procura da mãe
Uma viúva virgem no leito da morte
à espera da extrema unção
Há um homem nu correndo de chama na mão
anunciando o fim da guerra
Por entre ossos e destroços de padrões
De um império desfeito
Um rei imberbe e deserto numa tenda berbere
fumando haxixe por um cachimbo de
[água
Uma guitarra velha chorando as notas de um fado triste
Há um poeta sentado na falésia bebendo inspiração
onde o ar e o mar se beijam no azul distante do tempo
Fernando Dias Antunes, in “Estilhaços do Espelho de Alice”.
NÓS OS VENCIDOS DO CATOLICISMO
Nós os vencidos do catolicismo
que não sabemos já donde a luz mana
haurimos o perdido misticismo
nos acordes dos carmina burana
Nós é que perdemos na luta da fé
não é que no mais fundo não creiamos
mas não lutamos já firmes e a pé
nem nada impomos do que duvidamos
Já nenhum garizim nos chega agora
depois de ouvir como a samaritana
que em espírito e verdade é que se adora
Deixem-me ouvir os carmina burana
Nesta vida é que nós acreditamos
e no homem que dizem que criaste
se temos o que temos o jogamos
«Meu deus meu deus porque me abandonaste?»
Ruy Belo
Argonauta 1 – O Azul Marinho
Na espuma de A-Mar
Há locais onde te afogas
No enrolar de ti próprio…
Em silêncio
A tua divisão dá-se
E és areia…
És a-mar…
Alexandra P. 1996
O ambiente descontraído predominou nesta sessão
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