Esta semana temos a assinalar dois acontecimentos (para além da nossa sessão quarta feira!).
Dia 21 (sexta-feira) de Abril às 19 horas vai ocorrer o lançamento do livro da professora Teresa Marques (para aqueles a quem este nome soe familiar, relembramos que é professora de línguas na escola secundária de Mem-Martins). O lançamento decorrerá na biblioteca de Sintra, mais informações serão colocadas no blog.
O segundo evento envolve outro professor da mesma escola, no dia 19 estreia a nova peça de Miguel Real e Filomena Oliveira. Esta peça chama-se 1755 e evoca o grande terramoto de Lisboa, para quem não esteve ou não se recorda este autor participou numa das nossas sessões onde dissertou precisamente sobre esta efémeride!
1755 O Grande Terramoto de Lisboa é uma peça de teatro que recria ficcionalmente, a partir de figuras e acontecimentos reais, a mentalidade portuguesa na Lisboa do séc. XVIII atravessada por uma catástrofe natural que todos abala. Lisboa antes, durante e depois do terramoto é o contexto de toda a acção dramática. Se antes do terramoto se esboçam já os conflitos entre personagens e grupos sociais (os políticos, os nobres, os religiosos, as prostitutas do Botequim da Rosa e o povo das ruas de Lisboa) na luta por privilégios, influências, interesses e poder, é o terramoto que, tudo tendo destruído, revelará, pelo poder do Marquês de Pombal e do rei D. José I, não só uma cidade nova, como uma nova mentalidade e um novo Portugal. Nos escombros do velho Portugal, supersticioso e decadente, de nobreza falida e dominado tentacularmente pelos jesuítas nasce, a ferro e fogo, uma cidade nova, geométrica, e um país moderno, burguês, sem escravos, nem cristão-novos, com escolas normais, comércio intenso, sem contestação, nem opositores. Dois eixos dramáticos unificam toda a peça: a história de Mariana e do seu presumível incesto com o conde de Unhão, que se inscreve na Lisboa popular, e a história da ascensão ao poder do Marquês de Pombal, como ministro do reino, inscrevendo-se numa Lisboa fidalga à volta de rei D. José e do seu ministro.
A peça encontra-se em cena no Teatro da Trindade, de 4ª a sábado às 21h00 e domingo às 16h00 até ao dia 29 de Julho.
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